quarta-feira, 23 de setembro de 2015

TALVEZ...


Talvez você não tenha percebido que o jeito dele ao falar sobre o futebol de domingo seja também um convite para que você esteja no próximo jogo da quarta e veja que ele pode não ser mais o melhor em campo, mas é o único que pode te dedicar, além do seu amor, um "belo" gol de esquerda. E, por sua vez, talvez ele não tenha percebido que a sua presença no tal jogo de futebol pode ter a mesma importância do que a presença dele naquela sua apresentação de dança tão esperada do sábado que vem. O que é amor senão se importar com o que importa para o outro?
Talvez aquelas conversas mais sem pé nem cabeça que vocês costumam ter pela internet sejam as conversas mais inteiras dos últimos tempos. Tem humor, tem desabafo, tem silêncio, tem cutucão, tem filosofia, tem melodrama, tem zelo, tem segundas intenções, tem cansaço... mas tem, é o que importa!!! E depois de tanta coisa, você felizmente descobre que a teoria das laranjas espremidas funcionam perfeitamente entre vocês, mesmo que ela não seja teoria para mais ninguém nesse mundo. O amor sobrevive sobretudo em virtude das conversas sem sentido que dão todo o sentido para nossa vida.
Talvez vocês briguem para achar a temperatura ideal do banho, já que ela sempre parece estar enfrentando duras nevascas do inverno no Alasca, e ele é daqueles que se perguntam porque existe uma resistência no chuveiro se gelado já é tão bom. E em meio a uma dessas discussões sobre os extremos, talvez se perceba que nada funciona melhor que o equilíbrio.
Talvez seja tudo isso e mais um pouco.
Talvez não seja nada isso.
Mas tomara que um dia deixe de ser talvez.

Amanda Fabris

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