segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Das aventuras de uma noite sem ele...


NADA parece mais óbvio e simples do que dormir quando todas as etapas que precedem o vulgo "sono da beleza" já foram concluídas com êxito. Porém, TUDO parece mais simples e óbvio do que "pegar no sono" quando alguns fatores anti-oníricos insistem em manter o nosso "wi-fi" interno ligado e a nossa antena em pé.

Dos meus inimigos do sono, listo: um inseto barulhento e indefinido que, a essa hora da noite, mais parece um filhote de mamute querendo levantar voo no meu quarto, um turbilhão de pensamentos soltos e emaranhados entre ideias, caraminholas e planos de curto e médio prazo (sendo que no meio deles, obviamente, existe algum possivelmente infalível contra a insônia), e um smartphone carente e luminoso que descansa em lugar privilegiado ao lado da cama da dona para atender, por sua vez, a carência de sono da mesma, se assim for preciso.

Ao tentar me libertar desses pensamentos e elementos perturbadores do que poderia ser chamada uma noite agradável de sono, avisto um livro laranja que, se não me apagar depois de umas poucas linhas, no mínimo, vai me trazer alguma sabedoria. E então mergulho nas aventuras inesquecíveis de alguém com um sono camuflado que tenta escapar do acaso de manter os olhos abertos por livre e espontânea pressão do que muitos chamariam de doença do sono, enquanto eu só defino como falta de cansaço mental e físico. Resumindo, será que o livro de "Phrasal Verbs" funciona? Logo pensei, vou pegá-lo.

É impressionante como que em momentos assim, viajados, qualquer objeto ou móvel há anos-luz conhecidos pelo nosso corpo se tornam peças novas e de alta periculosidade estando a uma distância próxima ao toque. E eis que, magicamente, surge uma prateleira marrom, medindo por volta de um metro de comprimento, que pretensiosamente carrega alguns dos meus pertences e, sem que eu tenha tempo de notá-la com os olhos, deixa que minha cabeça o faça primeiro. Ai!

Perdi a vontade de ler. 
Ganhei um motivo para escrever. 
E, como prêmio da cartela cheia, olhinhos pedindo para fechar. Finalmente!

Boa noite (que agora se resume em 5 horas das 7 que poderiam ter sido)!

Amanda Fabris

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